sexta-feira, 25 de abril de 2014

30/04/14: Audiência Pública Humanização do Parto na ALMG

Convidamos todos a comparecer à Audiência Pública que acontecerá na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, no dia 30 de abril, às 9h30, para debater a assistência humanizada ao parto. O Ishtar e a Parto do Princípio foram convidados a compor a mesa.

É de suma importância a presença maciça de mulheres, famílias, usuário(a)s do sistema de saúde público e privado, ativistas da causa, movimentos sociais e demais interessados. Contamos com a participação de vocês para lotar o teatro e mostrar o quanto esse assunto é importante para toda a população.

Confirme sua presença nos eventos do facebook abaixo e compareça vestindo uma camiseta do movimento.

Quando:  30 de abril de 2014 - quarta-feira às 9h30
Tema: Assistência Humanizada ao Parto
Onde: Teatro da Assembleia Legislativa de MG
          Rua Rodrigues Caldas, 30 - Sto Agostinho
          Belo Horizonte/MG

https://www.facebook.com/events/240632202807722
https://www.facebook.com/events/1390609007830746



terça-feira, 15 de abril de 2014

19/04/13: Plano de Parto


Neste sábado, 19/04, abordaremos a 1a Recomendação da OMS no atendimento ao parto normal, classificada como prática claramente útil e que deveria ser encorajada. Conversaremos sobre sua importância e daremos dicas de como construir um Plano de Parto. Traga seu plano e/ou suas dúvidas para enriquecer as discussões. Se seu bebê já nasceu venha comentar se/como esse planejamento te ajudou ou o que faria diferente. Recomendamos a leitura dessa postagem do site da Parto do Principio.

=> De 9 às 10h teremos aula de yoga com Kalu Brum, aberta a todos os interessados. Ir com roupas confortáveis e levar uma canga (ou similar) para forrar o chão.

Confirme já sua presença e participe!

Quando:  19 de abril de 2014 - sábado de 9h às 12h30
Tema: Plano de Parto
Onde: Parque Ecológico Pampulha - Auditório
          Av. Otacílio Negrão de Lima, 6.061 - Portaria 1
          Pampulha - Belo Horizonte/MG
          Clique aqui pra ver o mapa

Todos são bem vindos:
  • Casais grávidos, gestantes e seus acompanhantes
  • Mães que já passaram pela gravidez/ parto
  • Casais e mulheres que pretendem engravidar
  • Profissionais e demais interessados no assunto.
A participação é gratuita. Confirme sua presença:

Lembretes:
Por favor, cheguem com 10 minutos de antecedência, para começarmos o encontro pontualmente.
* Teremos novamente a Roda de Livros. Você pega um livro da nossa biblioteca emprestado e devolve no próximo encontro (ou no seguinte). Quem já terminou de ler, lembre-se de trazer. Se você tem um livro e gostaria de disponibilizá-lo para empréstimo, traga também. A ideia é emprestar de forma a fazermos um rodízio dos livros que tratam de temas relacionados a parto, gestação, amamentação, maternagem e universo feminino.
* Ao final do encontro, tiramos uma foto com todos os presentes. Fique atenta(o) para não perder esse momento tão bacana.
* Já participou dos encontros presenciais de algum Ishtar pelo Brasil (Recife, Belém, Sorocaba, Fortaleza, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Divinópolis, Cerquilho, Niterói, Garanhuns)? Sim? Então participe da nosso grupo de discussão virtual:
http://groups.google.com.br/group/ishtarbrasil

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Caso Adelir: ativistas realizam manifestações em todo o país

Caso Adelir: ativistas realizam manifestações em todo o país
Ato visa chamar atenção do Ministério Público para a necessidade de investigação de casos de violência obstétrica cada vez mais comuns no Brasil.

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No próximo dia 11 de abril, grupos de ativistas relacionados à Saúde da Mulher e aos Direitos Sexuais e Reprodutivos Femininos, realizam ato nacional em apoio a Adelir Carmen Lemos de Góes, mulher que foi forçada e coagida pela Justiça da cidade de Torres (RS) a ser submetida a uma cirurgia cesariana.

Várias cidades estão se mobilizando. A agenda com a programação e o formato da manifestação de cada local está disponível no blog http://somostodxsadelir.wordpress.com/.

Em Belo Horizonte, o ato será dividido em dois momentos. A partir das 14h haverá uma concentração em frente ao Ministério Público do Estado de Minas Gerais (Av. Álvares Cabral, 1690 – Lourdes) e depois das 17h, os manifestantes seguirão para a Praça da Assembleia Legislativa onde farão panfletagem e ações de conscientização. Evento no facebook: https://www.facebook.com/events/225517814311575

A pauta principal do movimento quer deixar claro que a decisão sobre a forma de nascimento não deveria ter sido tirada do poder da gestante, uma vez que se trata de um direito assegurado pela Convenção Americana de Direitos Humanos, da qual o Brasil é signatário. Esse grave incidente abre precedente para que, daqui por diante, qualquer profissional interfira judicialmente na decisão da mulher, infringindo seu direito e prejudicando o seu protagonismo.

A autonomia pelo próprio corpo é garantida por lei, está inclusive descrita no Manual do Usuário do Sistema Único de Saúde. A conduta da equipe médica, ao denunciar Adelir, fere ainda os princípios da Bioética Médica.

Segundo Adelir, que já havia sido induzida a outras duas cesáreas com os filhos mais velhos, era importante que dessa vez ela se sentisse participante ativa do próprio parto. Ela conta que já estava com nove centímetros de dilatação e com contrações ritmadas de cinco em cinco minutos, quando chegaram à sua casa um oficial de justiça e duas viaturas policiais e a levaram, sob ameaça de prisão, ao Hospital Nossa Senhora dos Navegantes.

Na tarde daquele dia (31/3), Adelir havia procurado o hospital por já estar sentindo algumas dores. Na ocasião, a médica ordenou que ela se internasse para uma cirurgia cesariana imediatamente. No entanto, Adelir assinou um termo de responsabilidade e voltou para casa com o objetivo de esperar o trabalho de parto, já que o monitoramento fetal apresentou bons resultados no quadro clínico da mãe e do bebê. Além disso, ela havia feito todo o pré-natal (total de nove consultas) e realizado todos os exames requisitados. Todos apresentavam normalidade e a gestação não era de risco.

Inconformada com a escolha da gestante, a médica decidiu acionar a Justiça, alegando risco iminente de morte. As justificativas que apontavam urgência, no entanto, estão sendo questionadas por boa parte da comunidade médica do país. Segundo estudos clínicos atualizados e em acordo com as evidências científicas, os motivos alegados: duas cesarianas prévias, bebê em posição podálica (uma variação da pélvica - sentada) e idade gestacional estimada em 42 semanas; não são indicações de cirurgia imediata, a menos que mãe ou bebê estivessem apresentando algum sinal de sofrimento, o que não foi diagnosticado pelos exames realizados pela própria instituição. Além disso, o exame, divulgado após o grave incidente, atestou também que a idade gestacional era, na verdade, de 40 semanas e não de 42. Fato que corrobora ainda mais para a falta de caráter urgente da cirurgia indicada pela médica.

Adelir passou pela cirurgia e a filha nasceu bem, com apgar alto (o apgar é um exame que avalia o estado do recém-nascido) - o que mostra que não estava em sofrimento. Durante a cesariana, a parturiente também não teve assegurado seu direito ao acompanhante. O marido foi impedido de acompanhar o procedimento. A lei do acompanhante vem sendo desrespeitada em várias maternidades brasileiras, apesar de existir desde 2005.

Denúncia e Articulação
A Artemis, aceleradora social que trabalha pela autonomia da mulher e seu direito de escolha, com especial atenção à prevenção e erradicação da violência obstétrica, entrou com uma denúncia junto a várias instituições. São elas: Secretaria de Justiça e Direitos Humanos da Presidência da República, Disque Denúncia de Direitos Humanos, Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Secretaria de Direitos Humanos do Estado do Rio Grande do Sul, Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos de Porto Alegre e Comissão de Direitos Humanos da OAB/ Rio Grande do Sul. Na instância local, Adelir está sendo amparada pela Defensoria Pública da cidade de Torres.
Já em relação à articulação, desde 2005 a Rede de Mulheres pela Maternidade Ativa Parto do Princípio vem mobilizando a sociedade civil e movimentos sociais em defesa dos direitos das mulheres e direitos humanos. A mobilização alcança o âmbito nacional e internacional, e agora, também em repúdio ao caso de Adelir e família. A organização é responsável pela elaboração do dossiê sobre violência obstétrica entregue à CPMI sobre Violência contra a Mulher no Brasil em 2013. O documento está disponível para consulta no site do Senado Federal: http://www.senado.gov.br/comissoes/documentos/SSCEPI/DOC%20VCM%20367.pdf .

O caso também está recebendo atenção de outras esferas públicas. O deputado federal Jean Wyllys divulgou uma nota informando que vai solicitar, em caráter de urgência, uma audiência pública para discutir estes casos, cobrando do Poder Executivo, através do Ministério da Saúde e da Secretaria de Políticas para Mulheres, posicionamentos e soluções para a questão.

Em Luto por Adelir

Aproveitamos nosso encontro do dia 02/04, quarta-feira, para manifestar apoio a Adelir e indignação e repúdio à essa decisão arbitrária que violou o direito humano primário de decidir livremente sobre a execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas em si mesma.

"No dia do aniversário dos 50 anos do Golpe Militar, que instaurou a ditadura no Brasil, mais um golpe foi dado. Desta vez, no corpo de uma mulher: Adelir Carmem Lemos de Góes. No município de Torres, no estado do Rio Grande do Sul, ela foi OBRIGADA a fazer uma cesárea por decisão judicial. Duas obstetras, Andreia Castro e Joana de Araújo, fizeram a denúncia ao Ministério Público. Adelir foi retirada de casa, à força, em pleno trabalho de parto, por 10 policiais armados, por ordem de mais uma mulher, a juíza Liniane Maria Mog da Silva. A ditadura da cesárea já era uma realidade no Brasil. No dia 1° de abril de 2014, essa ditadura decretou o seu AI-5."
http://humanizabelem.wordpress.com/2014/04/02/manifesto-belem-adelir/





Entrevista da Dra Melania Amorim, na Folha

Reportagem do site UAI